sexta-feira, 19 de julho de 2013

Permita-se voltar a andar.

Você anda. Caminha. Vira à direita, a esquerda. E por excesso de vazio, você pára de andar. O namoro vira monótono. A amizade vira tediosa. O cansaço se torna rotina. A verdade não te atrai tanto assim, nem a mentira. O que é certo e o que é errado não é misterioso. O porquê da vida não te instiga. O abraço não aquece mais. O beijo não se conecta tanto. O olhar não te fascina. O sorriso não te hipnotiza. A felicidade se torna um "tanto faz". Sua família se torna pessoas das quais você viveria sem. O deslizar de uma lágrima pelo seu rosto não é algo fatal, importante nem triste, é apenas normal. Teu sorriso enfraquece, é forçado e não tem um motivo especial há anos. Os cães, os gatos, os passarinhos e todos aqueles animais que eram doces não te adoçam mais. O acontecimento ruim não te impressiona, você nem sequer levanta da cama. E aí que eu te imploro: Perceba o quão morta você está, e não deixe as batidas do seu coração serem em vão. O monótono, o tédio, a rotina, o mistério, a instigação, a conexão, o aquecer do teu corpo, o que te hipnotiza, o que te fascina, o que te impressiona e o que te adoça estão esperando pelo seu despertar. Desperte da cama, e permita-se voltar a andar.

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