domingo, 23 de junho de 2013

Rumo à Atlântida.

A proximidade de sua energia me fez ser imune à gravidade que cismava em manter-me no chão. Após meu voo, fechei meus olhos e caminhei conforme sentia o cheiro do perfume doce dela. Voava, e quando por descuido pisava no chão, corria velozmente para não correr o risco de permanecer ao chão novamente. Ela então percebeu o quão longe eu estava da minha própria realidade, e fez questão de me acordar da pior maneira possível. E foi só aí que percebi que tudo aquilo era um pesadelo, do qual acordei atenta, e à tempo. Retornei meus pés ao chão, e isso me pareceu ruim, mesmo sendo incrivelmente bom. Ela não estava mais ao meu lado, meu olfato não reconhecia mais o seu cheiro, e nenhum dos meus sentidos reconheciam seu caminho. Virei a esquerda, a direita, dei a volta, e depois de tanto procurar o caminho de volta até você, decidi seguir em frente. E então encher-se de sensações vazias me parecia válido. Fiz questão de me sentir só, apenas para saborear a ausência daquela companhia que tanto me atormentava... Estou rumo ao lugar que me fará fingir que não a amava.