quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

O meu mapa de volta.

 *O Astronauta - 2ois*

Somos lançados ao vento. As vezes, simplesmente esquecidos. Outras vezes, saem às ruas pra nos buscar e nos implorar pra voltar pra casa. Talvez seja válido se perguntar quantas vezes nos imploraram pra voltar. Eu fico imaginando e felizmente lembrando de algumas cenas que são, talvez, grande parte de toda minha motivação... Como aquele dia em que ele estava olhando pra baixo, então ao ouvir minha voz, direcionou sua cabeça rapidamente em minha direção, como se fosse o som por qual ele mais ansiava ouvir. E então ele veio até mim sem reparar se o caminho tinha ou não tinha obstáculos, de tão despreparado que aquela saudade havia o deixado. Em seguida, me abraçou como se eu sempre precisasse estar alí. Me abraçou tão dócilmente que me senti uma covarde por me permitir ser lançada ao vento. Não que eu tenha pensado em voltar pra casa depois desse abraço... Eu me transportei pra casa. Você me transportou. Eu apenas fechei os olhos e quando abri, estava lá - em casa, com o bom e velho amigo Conforto.
E é lembrando de sentimentos como esse que eu tenho a humildade em reconhecer o quanto estou precisando de um motivo pra voltar pra casa agora. Um incentivo, um carinho ou pelo menos algum olhar que me lembre quem sou eu e qual era o meu objetivo inicial quando optei por vir por tal lugar, que tenha me levado até aqui... Tudo isso só me faz querer saber: Quem será o meu caminho de volta?

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Situações Inesperadas.

 *How to Save a Life - The Fray*

A pergunta que talvez nunca se calará: Para que somos treinados? Qual será o reflexo que devemos adquirir com o passar dos anos, e por que a necessidade de adquiri-lo? Talvez esse reflexo seja para driblar a fantasia que vem junto com o sonho cujo você pensou que era realidade. Talvez essa habilidade seja apenas para enganar a si mesma de que não machucou. Esse reflexo pode ser também para ignorar a surpresa que uma lembrança enferrujada nos faz ao vir à tona novamente. Mas ainda assim, mesmo talvez sabendo a utilidade desse reflexo, eu continuo sem saber de qual reflexo estou falando. O ato de desviar, de esquivar, de passar mais de pressa, ou simplesmente o ato de saber lidar? Eu por exemplo deveria saber lidar com a minha mania de me martilizar com algumas perguntas, mesmo que com as mesmas eu acabe me dando a resposta. É surpreendente reconhecer um defeito, e toda surpresa é como se fosse um milagre... Abençoada são as vidas que vivem de momentos espontâneos, onde nada daquilo que foi vivido era de se esperar viver, ou nada daquilo que foi dito já era programado dizer. A espontaneidade e sede de viver milagrosamente é o reflexo que devemos adquirir. Eu acabei de conquistar esse reflexo, afinal, parei de me auto questionar. E você, quando vai criar?

*Resolvi postar aqui a minha redação de literatura haha O tema era "situações inesperadas", espero ter conseguido ser fiel à ele. Lembrando que críticas são sempre bem-vindas*