quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Sobre o barulho e o silêncio; As dúvidas e as respostas; O antes e o depois.

"Um ano cheio de recheio, um recheio cheio de ano. Uma parte da minha vida tão viva e tão morta. Como se tratasse de uma emoção pobre. Um sentimento caído. Murcho. Mendigo.
Muitos sonhos realizados. Muitos deles não deveriam ter sido sonhados. O resto só não foi suficiente, nem exatamente como eu queria. É complicado pensar em quem culpar... A falta de religião, a falta de maturidade ou de vergonha na cara. Só sei que é falta de alguma coisa. Talvez até de alguém, mas se for disso, não acho que esse alguém exista. - Não na minha realidade, a qual eu não faço ideia de qual seja.
Não sei se tenho razão, nem se estou sendo justa comigo mesma. Talvez eu devesse reconhecer a boa amiga, filha, aluna, profissional e irmã que fui esse ano. Afinal, é provável que todo o lixo só apareceu como oportunidade pra eu provar que resisto ou que pelo menos sou mais forte do que o fracasso. Sei que me misturo com algumas pessoas podres. Sei até que as vezes sou uma delas. É difícil se diferenciar, mas sou boa em desafios. Aliás, se sou boa eu não sei, mas eu gosto muito deles.
O mundo está pior, e eu nem sei se estou reclamando do meu mundo ou do de vocês. Não sei, sinceramente, o que me atrai. Não sei o que me desespera. Sei o que já me desesperou, e sei também o que já me atraiu. Só não sei o que os faria agora. Talvez apenas seja aconchegante o arrepio que sinto quando bate um vento e ninguém está me abraçando.
Há alguns meses atrás eu pensava ser a pessoa mais feliz do mundo. Já me falaram que ser feliz demais é errado. E já ouvi falar que ser infeliz também. Por isso costumo dizer que sou errada e que é assim que eu vou ser pelo restante da minha vida."

Esse texto foi escrito por mim em dezembro de 2013. É incrível acreditar que não faz nem um ano que eu me via assim - totalmente confusa e desgastada. Eu, graças a tantas coisas, posso afirmar com toda a certeza do mundo que essa confusão toda serviu para a elaboração deste texto escrito por mim há algumas horas atrás:

"Não sou refém das minhas vontades, elas é que são reféns da minha mente. E essa é a importância de fazer tua mente ouvir e ver teu Espírito.
Nenhuma mente é capaz de cometer alguma maldade quando está próxima do teu Espírito. A maior depressão é aquela que te faz acreditar que as suas vontades que te prejudicam fazem parte da tua essência. Somos Deuses-zinhos e nenhum mal poderá afetar alguma parte nossa a não ser nossa mente. Pois controlar-se é ignorar a tua vontade por saber que ela não te faz bem. Mas conhecer o teu Espírito é, obrigatoriamente, como ser Divino, como filho de Deus e irmão de Jesus, não ter vontades que te agridam.
A mente é o movimento do Espírito. O corpo é o movimento da mente. Todas essas existências estão interligadas e uma é o meio de chegar na outra. Respeitar o corpo é o caminho para respeitar a mente. Respeitar a mente é o caminho para respeitar o Espírito. Respeitar seu próprio Espírito é o caminho para respeitar à Deus. E respeitando a Deus, você não desperdiça a vida que lhe foi presenteada.
E lembre-se: Estar feliz e amar o próximo como você ama a você mesmo é o segredo para abrir a porta de todos esses caminhos."

*O primeiro texto foi escrito na sala de aula, com muito barulho e muitas pessoas ao meu redor. O  segundo texto foi escrito após uma meditação feita através do silêncio e da concentração na minha respiração. 
Que assim seja!*