quarta-feira, 3 de julho de 2013

Não permita que ela seja você também.

Foi diferente a sensação. Enquanto aquelas vozes de diversos tons diferentes ecoavam na sua cabeça, e enquanto o incomodo a perturbava por inteira, ela respirou fundo, olhou pro céu à procura de ajuda, procurou algum conforto em si mesma em frente ao espelho, e suplicou pra ser salva enquanto chorava sentada na beira da cama. Pensava em como não queria estar alí. Pensava em como não queria estar em lugar nenhum. Não precisava de ninguém em específico, e não anseava ouvir nenhum perdão, nem nenhum "eu amo você". Não anseava a nada. Apenas não queria estar ali. E aquele sentimento vazio a preencheu por inteira durante algumas horas em que ela não sabia mais se era agonia ou falta de amor a vida. Confundiu a vida com si mesma. Não era a vida que estava detonada. Não era a vida que a fez estar chorando. Era ela mesma. Naquele momento - e provavelmente em muitos outros que nem eu sei quais são - ela era a sua própria arqui-inimiga... Porque não sonhava com nada para si. Então decidiu dormir e teve o pior pesadelo de sua vida. Não que aquelas vozes fossem se calar algum dia, e não que o incômodo fosse pra longe... Mas a escuridão do pesadelo a fez lembrar o quão bom era ter um sonho bom. E foi aí que ela anseou por luz, por emoção, por um "viver" mais além... Ela sou eu. Sonhe, e não permita que ela seja você também.

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